Esperemos que o Reino Unido não continue a confundir a União Europeia por ter perdido o rumo. Apostou numa saída pensando que ficaria muito melhor do que mal acompanhado, leia-se com os restantes 27 Estados-membros da União Europeia, onde, de resto, sempre esteve com um pé fora e outro dentro.Em 2016, os britânicos decidiram energicamente sair da União Europeia. Na altura de saída, estipulada com muita antecedência, depois de fazerem perder demasiado tempo aos restantes 27 da União, não sabe agora bem o que querem! Até ver — algo que não é seguro que assim se mantenha — a União Europeia uniu-se e quer que o Reino Unido saia de até 22 de Maio. Há eleições para o Parlamento Europeu a 23 de Maio e o Reino Unido não deverá continuar a baralhar mais a União Europeia — acordado estava sair até 29 de Março, convém sublinhar —, e a encrencar estas eleições. Esperemos que esta exigência ao Reino Unido seja mantida. Esperemos que o Reino Unido, no seu Parlamento, se entenda, ou não, mas saia. Já se perderam tempo demasiado com referendos, a não querer a Europa para nada, mas finalmente a perceberem que já não são um império, que não tem o apoio dos EUA de Donald Trump ficando isolados no meio do Atlântico e com um problema entre as duas Irlandas. Agora é hora de aguentar as responsabilidades e sair, depressa e da forma mais exequível, mas sair. E esperemos que a União Europeia não vacile e mostre que sabe, alguma vez, ser unida!
© Augusto Küttner de Magalhães, 18/11/2018