“America First”… e o resto do mundo?

Como seria de esperar e não é de admirar, o primeiro discurso do actual Presidente dos EUA na ONU, correspondeu ao que o mesmo tem dito desde que os americanos tiveram o “gosto” de o eleger seu — deles — Presidente, democraticamente. Hitler em 1933, apesar de nascido na Áustria também foi eleito democraticamente, pelos alemães na Alemanha e “deu no que deu”. Claro que apesar de tudo este americano não chega aos pés dos horrores do austríaco à frente dos destinos da Alemanha, entre 1933 e 1945, mas os EUA, ainda hoje, são a maior potência mundial. Um discurso “nacionalista, a roçar a xenofobia a criar mais divisões mundiais do que as que já tanto nos preocupam, ameaçando fazer implodir a Coreia do Norte e lutar contra o Irão, como se fosse o dono do Mundo. E depois para se fechar com fronteiras e mais “palhaçadas” nos seus EUA. Isto é a actual política dos EUA, mas não é o “única”, só que esta ainda é “a potência mundial que pode muito nos estragar”!  E por azar o maior contribuinte, desde que pague, para a ONU. Aqui o azar nosso!

António Guterres como Secretário-Geral da ONU, muito educadamente soube responder-lhe, mas o senhor dos EUA por vezes parece surdo, logo tudo, como hoje se diz: está em aberto. Mas actualmente, não é só a América first que está na moda, temos Britain first com o Brexit, e a Venezuela com saudades do Chavismo/ Bolivariano, a Federação Russa com nostalgias do tempo dos czares, a Turquia a querer ser o que já foi e não é agora. E estamos num tempo global em que a pior parte da natureza humana animalesca está à alastrar por todo o lado, tudo pela irracionalidade, pelo isolamento, pela força bruta uns contra os outros. Por certo o resultado destes “first”, destes nacionalismos, destas xenofobias, não será o melhor, e se provocar a III Guerra Mundial, como Einstein dizia, a IV Guerra Mundial será com paus e pedras, dado tudo o resto ter sido destruído. Mas, enquanto não soubermos, não quisermos, não nos ajudarmos empenhadamente a aprender/apreender a História e Memória de há uns anos, décadas, ou até séculos atrás, e não, da véspera e com tanto e exagerado sensacionalismo, vamo-nos matando alegremente.

 

© Augusto Küttner de Magalhães, 20/09/2017

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