Hoje, os países periféricos da Europa, ou seja, “fora” do Norte e do Centro, entre os quais o nosso — todo o Sul e os antigos satélites da União Soviética — estão / estamos com demasiados problemas estruturais, que não sabemos ou não queremos resolver, e estando a tornar-se ao que parece, irresolúveis. Não havendo investimentos produtivos, ou seja, em muitos bens e serviços de qualidade transaccionáveis, em “coisas e préstimos” que tragam retorno, que criem empregos, que modernizem e desenvolvam as Economias de cada desses países, não vamos lá. E, não se criando postos de trabalho por toda a Europa e sustentáveis, “obrigam-se” demasiados jovens, e não só, a emigrar essencialmente para a Alemanha, e também Holanda, Dinamarca, até Áustria, em procura de uma colocação, de algo que lhes faça “ter” futuro, ter vida. Claro que não há nesta Europa um mínimo de União, de unidade, de vontade de ir resolvendo esta situação, como um todo, sem se perder a história e memória — apesar de já nem saber, hoje, o que “isto” possa ser – de cada país, e vai-se destruindo o que de Europa Unida se fez há 50 anos, e cada um se individualiza, sem se preocupar com o todo. E até sem se preocupar com o seu próprio País!
As Pessoas estão /estamos no “tempo” de serem / sermos descartáveis, dispensáveis, destratadas, de haver em demasiadas zonas excessos de mão-de-obra e noutras falta, mas sem vontade de entendimentos, compromissos, para se e conseguirem soluções que façam ajudar a resolver esta conjuntura, com equilíbrios, intenções, bom senso e perspectivas de futuro. O tempo de saber “parar para pensar” entrou em desuso, estamos em prementes e permanentes “fugas em frente”, e vamos de mal a muito pior. Sem “algo” construir, delineando melhor “vias” para um tempo mais seguro. Sabendo unir. Unir a Europa, unir velhos e novos, fazer haver um futuro sustentável, está fora de questão. Entretanto, emigra-se para a Alemanha e para a zona Centro / Norte, à procura de sustento, até ver! Pena assim, termos que nos desconjuntar, ainda mais!
© Augusto Küttner de Magalhães, 7/09/2016