Estamos a envelhecer e em força em Portugal, com uma taxa de natalidade de 1.21 quando a de substituição é de 2.5, e o mesmo ocorre na Europa, se bem que a um ritmo menos forte que o nosso. Em simultâneo, hoje vivemos mais. A média de idade para morrer tem vindo a colocar-se cada vez mais tarde. Assim, estamos com um problemas que todos sabem existir, mas atiram-no para baixo do tapete, até ser tarde e ter que ser resolvido à pressão. E não vam0s agora imaginar, pelas mais diversas razões e mais algumas, que todos os casais vão pretender ter e conseguir ser, progenitores de 4 filhos. Não é possível. Não o querem. Pelo que, pelo aumento “brusco” da natalidade, não será a forma de resolver a situação, nem — talvez – pela morte à força de todos que já tenham ultrapassado a actual idade de reforma (os 66 anos e uns meses), também não parece.
Logo haverá provavelmente necessidade de ajustar, controlada e consentidamente, a imigração. Não será com a escolha dos mais altos ou baixos, ou de cor de pele mais clara, ou possivelmente mais inteligentes. Já chegou o passado nazi! Não. Hoje seria um controle — não há que haver medo de utilizar as palavras correctas, mesmo que não politicante aceites — por forma a não ser em excesso, e sendo tudo feito de forma aprovada e bem organizada.Estamos e convém sempre lembrar, para não esquecer, a falar de pessoas, os que ainda estamos, e todos os que devam poder vir. Pessoas, com direitos mas também com deveres. Pessoas que são os mais importantes “animais” à face da Terra, todos sem excepções, as pessoas.Claro que terá que ser uma imigração, em que quem chega irá ficar misturado connosco e nunca metido em guetos, como se usou fazer e hoje se recolhe o trágico de isso ter feito. Não os proibindo de ser praticantes das suas religiões, mas também não as tendo que impor a nós. Nunca. Liberdade religiosa total.
Tentar a máxima integração em todas as nossas legislações, país a pais, mas também a nível europeu.Haverá, como é evidente, necessidade de serem assumidas as regras que temos, e que convém reforçar, e não fazer, nunca, como a Hungria e a Polónia com “tantas” saudades da União Soviética, proíbem, tudo e mais alguma coisa, e parece que tudo que seja um pouco diferente não serve. E fazer evoluir o trabalho, mesmo que se caminhe para formas de trabalhar diferentes das que hoje conhecemos, mas onde será sempre necessário o Ser Humano. Não vamos ter tudo controlado e trabalhado por máquinas dado que seria o nosso fim absoluto. Terá ainda haver bom senso, sem nacionalismos, sem soberanistas exacerbados, sem proibir o que não deve ser proibido e sem permitir o que não deve ser permitido.
© Augusto Küttner de Magalhães, 22/02/2018