Os efeitos perversos da política espectáculo, à direita e à esquerda

Speakers' Corner - Augusto Küttner de Magalhães

 

Estamos em demasiados pontos do mundo Ocidental, a tentar mudar o que está mal, fazendo muito pior, nas mais diversas áreas, a começar na Banca e a acabar na Política. É muito grave. Temos umas personalidades que, todo o tipo de espectáculo fazem, para dar nas vistas e por acharem que rompem com o estabelecido, unicamente para serem cool. Temos um caso que já cansa, que é Donald Trump, a fazer de clone nos EUA, para ser o candidato republicano à presidência. É um personagem estranho, pela forma de estar, pelo penteado e pelo que diz. Temos também o caso do chefe do Podemos em Espanha. Este, para além do “puxinho” e da “não” gravata, como se “isto” fosse necessário e suficiente para ser de esquerda – e o primeiro de direita –,  dá beijos repenicados na boca a um colega no Parlamento, para ser filmado fotografado, selfizado, e achar-se à de esquerda.

Tivemos, mas muito mais “calmo” e nada, nada de parecido, mas uma tentativa de ser de esquerda, de Tsipras na Grécia, não usando gravata ao tomar posse, como PM, não fazendo o que está – bem ou mal? –  na tradição da sua Terra, que é ir cumprimentar, de imediato, o Chefe da Igreja Ortodoxa. Que em nada lhe adiantaram, para reforçar-se como de esquerda, e criaram ar de espectáculo desnecessário! Situações há, que não se rompem por espectáculos gratuitos e divertidos, ou supostamente chocantes, mas por acções, com respeito, ideias, ética e sobretudo bom senso.

Ou queremos mudar o Ocidente antes que se esvaeça, ou vamos conjuntamente dando tiros nos pés, que deliciam tantos e que não contribuem para construir, antes pelo contrário, destroem mais e mais, o que já está em plano tão inclinado. Claro que pode ser muito curioso o candidato das direitas nos EUA , ter uma cabelo que deve ser penteado por um batalhão de gente, e dizer barbaridades sobre barbaridades, com tão curioso é termos um chefe, nenhum é líder de nada, de um Partido político de esquerda espanhol, de puxinho, mal vestido – hoje há roupa barata e composta em todo o lado nos saldos –, e aos beijos a um outro.

Já nada nos incomoda, uma vez do que a partir de certa idade, se nos chocarmos com estas coisitas é por nada termos visto e vivido em mais vida do que a que vamos vier. Mas, de facto, nada adianta para uns tempos que se têm que “fazer” diferentes, mas muito melhores. Como é evidente, há uma total descrença nos partidos e nos políticos, dado que se tem vivido um tempo de desconstrução, e os políticos globalmente em exercício nos últimos 20 anos por todo o lado, são muito, muito “maus”. Mas não é criando fantoches que se vai ficar bem.

E, parece que muito poucos se lembram, apesar de ter pouco mais de setenta anos e ter acontecido aqui, nesta nossa Europa, de um senhor de nome Adolph Hitler, que fez disso e depois para “pôr ordem no galinheiro”, deu no Nazismo, no Holocausto, nos Campos de Concentração, nas Mortes de milhares, nas Torturas, nas Perseguições. Temos não só estas dois “aprendizes” aqui focados, mas muitos mais à espreita para chegar uma cópia do Hitler e pode vir e quem “se lixa é o mexilhão”, que somos todos nós! Será que vamos por aí?

 

© Augusto Küttner de Magalhães, 6/03/2016

 

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