A Europa perdeu totalmente a noção do que está a fazer neste Mundo Global, desorganizado e em plena ebulição. A Europa, começando por se fazer desconjuntar internamente, vai implodir-se por décadas se rapidamente não arrepiar caminho. A Europa, se nada de muito diferente fizer, a não ser construir muros, Bunkers internos que ao se multiplicarem acabarão sendo locais de suicídio, fechará com todos nós encaixotados nesses mesmos Bunkers, em suicídio, tal como faz em Berlim em 1945, Hitler quando toda a sua loucura iniciada em 1933, tinha sido anulada. O ser humano, tem uma capacidade de sobrevivência que tem vindo a ser testada, nas mais diversas adversidades, ao longo da sua existência à face da Terra. O ser humano, nasce com a única certeza – sem dúvidas algumas –, que irá morrer, mas até lá, vai tentar estar Vivo. O ser humano tem elementos – seus iguais – que em dados momentos destrói os outros e estes tentam sobreviver. E o mesmo em sérias doenças! Assim, vai tentando e conseguindo fazê-lo e até ao limite, como se pode entender se lermos a História, desde que existimos, não a do telejornal de ontem à noite!
A tragédia que tem assolado a Síria e o Iraque, este por Bush se ter lembrado, com um pretexto falso, de o invadir apoiado por vários países europeus e ter o Iraque ficado sem cabeça, que não só a da estátua de Saddam, derrubado a cores e em directo pelos EUA de Bush, está a ser um local de desespero humano. A Síria com um ditador que não tem sido fácil anular, mas hoje, convirá nunca o fazer, sem haver quem o substituta, para o filme do Iraque – e da Líbia – não se repetir. Quanto à Líbia, andou o Ocidente aos salamaleques a Kadafi e de repente ajudou a matá-lo e ficou aquilo sem “rei nem roque”, um espaço de ninguém onde todos se matam, onde todos mandam, onde o poder caiu à rua. E neste contexto aparece o putativo Estado Islâmico, um bando de loucos que erradamente se recorrem de uma Religião, para criar destruição, morte, vandalismo, e com uma ramificação já na Líbia. Mas o horror, a tragedia, o impensável no século XXI está a acontecer à volta desta Europa, e morre-se como se a vida de uns tivesse menos valor, que a dos outros. E morre-se à procura da sobrevivência. E os “mandantes” Europeus, desta Europa sem líderes, deixam que morram ou até ajudam a morrer. E, como não se segura a água com as mãos, também não se repelem Seres Humanos com Muros ou Bunkers. Com terror, com afogamento por não salvação. Estes seres humanos éguas, iguais a nós, já perderam tudo, tudo, a Família, o País, a Casa, o Emprego, só têm as suas Vidas e não as querem perder, não querem morrer, já. Nada lhes resta se não estar com Vida. A Europa só vai entender “isto” quando for tarde de mais. Quando a Europa estiver Morta!
© Augusto Küttner de Magalhães, 7/08/2015