O “Mein Kampf”, 90 anos depois

Speakers' Corner - Augusto Küttner de Magalhães

 

Muito bom, muito necessário e cada vez mais importante, a alusão muito bem explanada que é feita no Público de hoje, à reedição – agora caídos os direitos “do” autor “ de Mein Kampf (“A minha Luta”) de Adolph Hitler. Esta obra com “o” pequeno, que será reeditada na Baviera – Alemanha –, mas com uns comentários por fascículos, é indispensável, para hoje ser lida e relida por todos que o saibam e queiram fazer. Para dar a melhor conhecer, o que o doido nascido na Áustria, de seu nome Adolph Hitler, conseguiu fazer, quando democraticamente chegou ao Poder na Alemanha, e depois, pela força, destruiu a Europa tendo “feito” a II Guerra Mundial. Convirá nunca esquecer que Hitler teve imensos seguidores e não faz tudo isolado. Teve as ideias deformantes da política e usou-as para tentar dominar a Europa. Assassinou, queimou, torturou, milhões de Pessoas, mas fê-lo por ter seguidores.

Hoje, quando estamos uma vez mais, em tempos sem “orientação”, em que não se sabe viver em Democracia, seria bom relembrar o que um Fanático pode fazer, quando demasiados andam em procura de um Salvador. Assim, outro Hitler, nunca. Mas seria bom todos não o esquecermos. Existem potenciais Salvadores que podem surgir quando menos se espera, nesta Europa desunida, que tem medo de Refugiados que fogem a uma réplica menor de um Hitler na Síria, aos dias de hoje, que depois de lhes tirar tudo, quer tirar-lhes a Vida! E, de um Daesh com loucos que se acham donos de Vidas, que não são suas, mas matam como se o Islão, isso lhes exigisse – não exige –, sem saberem sequer aproveitar as próprias Vidas! Felicitações ao Público, por trazer com o necessário relevo, e um bem fundamentado comentário a esta reedição do Mein Kampf. Nunca se deve “tapar “ a História, antes pelo contrário contá-la para termos Memória – não só da semana passada – e se possível for, não repetir erros horrendos que ocorreram, aqui na Europa há 70 anos. E podem ser “reeditados” em qualquer altura. Já amanhã! Esperemos, que não.

 
© Augusto Küttner de Magalhães, 21/12/2015
(Filho de uma Refugiada Austríaca, de Hitler, em 1938)

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