O poder das imagens nas tragédias dos migrantes e refugiados

Já vimos uma fotografia de uma criança afogada na costa da Turquia, quando tentava a travessia do Mediterrâneo para chegar à  Europa.  Fotografia que nos emocionou e deixou a meditar: como é possível acontecer isto em pleno século XXI? Ao mesmo  tempo, muitos saltaram por cima dessas “minudências”, não perdendo tempo com algo que não achavam ser muito importante, entre os quais muitos com poder para evitar que essas tragédias se viessem a repetir. Mas nada mudou. Piorou, até, por ser tão grave e nada ter sido feito para não voltar a acontecer. Agora uma nova fotografia, mostra-nos um pai e a sua pequena filha mortos, de cabeças para baixo na água,  quando tentavam atravessar a fronteira do México para os EUA.

Provavelmente estes casos vai repetir-se e a desumanização da sociedade vai banalizar situações trágicas como estas, onde as imagens dizem (quase) tudo, sem serem necessárias palavras,  pelo menos a quem ainda tem sensibilidade e  se arrepia quando as observa. Mas não parece  que isto “choque ” quem hoje decide o presente e o futuro dos  EUA (Donald Trump),  que foi eleito pelos seus concidadãos e poderá vir a ser novamente em 2020. De facto, as grandes tragédias humanas das guerras do século XX parecem já estar muito distantes na história,  excepto para para os que ainda têm alguma memória do passado.  O problema é que quase tudo se pode repetir, como ocorre, em parte, em vários pontos do globo, perante a indiferença da maioria. É a uma nova desumanização da humanidade a que estamos a assistir. 

© Augusto Küttner de Magalhães, 29/06/2019

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