Nestas eleições para o Parlamento do Reino Unido Boris Johnson ganhou de forma muito clara. Com ele o “Brexit” ganhou também. Os britânicos — fundamentalmente os ingleses — confirmaram o resultado do referendo de 2016. Tal já era perceptível há bastante tempo. O Reino Unido ficou reduzido às ilhas no Atlântico, entre a Europa e os EUA, nunca digerindo bem o facto de ter deixado de ser um império. A sua democracia ressente-se também disso. Agora o “Brexit” é uma realidade incontornável. Mas isso á algo que já era claro, ou devia ser, há três anos. Todavia, andou-se a adiar o inevitável — especialmente do lado da União Europeia da qual o Reino Unido nunca quis bem ser parte — a ver se acontecia um improvável volte-face e os britânicos, seriam, ainda, maioritariamente pró-União Europeia. Agora a União Europeia não pode continuar a perder tempo com o Reino Unido que deverá também sair o mais rapidamente possível. Haja sensatez na União Europeia e uma maior harmonia a 27. Quanto ao Reino Unido, que siga o caminho que quer seguir. O futuro mostrará as consequências da sua decisão.
© Augusto Küttner de Magalhães, 14/12/2019