Só falta Trump nos EUA e extrema-direita na Áustria

 

Speakers' Corner - Augusto Küttner de Magalhães

 

Para além do Brexit que parece que não era bem o desejo dos britânicos que “até” o incentivaram de plenos pulmões o “Leave”, e agora, alcançado, todos se demitem, deixando a Europa qual “barata tonta” sem norte e só desnorte, temos as eleições nos EUA e a repetição da segunda volta na Áustria. Os exemplos de onde se esperava não haver ataques flagrantes à Democracia estão todos a falhar, seja para lá do Canal da Mancha, seja na Europa Ocidental/ Continental, onde todos políticos de tão incapazes se vão descredibilizando, País a País, e no conjunto, da Desunião Europeia. Nesta, Desunião, os que já não tinham “espaço” nos seus Países, depois de nos mesmo terem exercido altos cargos, da melhor ou até da muito pior forma, instalaram-se em Bruxelas, na Comissão, no Conselho e em tudo mais com sub-título de “Europeu” que por lá exista e nada decide, antes pelo contrário. E, aparecem todos, mas ainda mais os da Finanças de cada País, principalmente o mais importante de todos, o Wolfgang Schäuble, e todos, muito falam e nada de jeito dizem, mas complicam o que já de tão complicado, anda, e não progride.

E, ainda dentro desta Europa sem rumo, com nacionalismos e xenofobismos a surgirem de todo o lado, temos a Áustria, onde nasceu Adolph Hitler — de má memória, mas a ter que ser cada vez mais lembrado, e nunca copiado — e foi mandar para a Alemanha, com derivas permanentes para a extrema-direita. Assim, em Outubro próximo, irá a Áustria repetir a segunda volta das Presidenciais — ao que parece por fraude na contagem dos 32.000 votos que não deram a Vitória ao populistas de direita Norbert Hofer — para a todo o custo conseguirem ter um Presidente de extrema-direita, e puxar o País para a segregação, nacional e xenófoba. Entretanto, para lá do Atlântico onde ainda se acreditava —tenazmente — poder haver alguma Democracia, em Novembro, haverá todas as hipóteses de ser eleito Donald Trump, o exemplo do que não deve ser o Presidente dos EUA.

Já bastou recentemente Bush filho – que terá sido eleito com batota na contagem da votação da Flórida —, que era não tao mau como este Trump, e, até a alternativa democrática não é a melhor, dado que Hillary Clinton não será a melhor pessoa capaz de suceder a Obama, e só por ser uma Mulher a seguir a um Afro-Americano, não é suficiente, mas antes ela, sempre, que o Trump. Mas se for o Trump — e tem grandes probabilidades — e o outro na Áustria, a Grã-Bretanha sem saber no que se “meteu”, a Europa a ver se “não vê”? Pior deveria ser difícil? E se não ajudarmos todos, todos, todos, País a País e Europa a unir-se, com cabeças que pensem e deixem/façam pensar, nem o Futebol  — que é admirado por 99% das Populações — nos salvará.

 

© Augusto Küttner de Magalhães, 8/07/2016

 

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