Trump vai fazer muito, muito do que prometeu

 
Existe uma teoria que normalmente é acertada, de que os políticos prometem muito nas campanhas eleitorais e se eleitos, nem metade fazem do prometido. No caso de Donald (Trump) de cabelos louros é diferente, primeiro não é um político — nunca foi e nem o que ser; segundo tem um “ego” maior do que o da maioria dos políticos, pelo que se acha o melhor em tudo; terceiro, habitou-se a decidir em cima da hora, no seu “grande imobiliário”, logo, vai fazê-lo enquanto Presidente dos EUA mesmo que baseado na última conversa de corredor com alguém com quem tenha trocado umas ideias. E, por último, e não menos grave, é daquelas personagens que gosta de ser falado, falado, sempre, mesmo que seja pelo mal faz/fez. Assim, até onde e enquanto lhe for possível vai destruindo o que Obama fez e não ficou suficientemente consolidado, vai manter o que Obama não conseguiu acabar, como Guantánamo e vai encher de Pessoas que não deveriam para lá ir, e vai criar a ideia do Império dos EUA no tempo da globalização.

Actuando ao género do imperialista Putin, do lado de lá do Atlântico, vai tentar dividir e confundir aqui na Europa, na NATO, por todo o lado com o único intuito de desconjuntar outros e pela sombra ver se se abriga, no que perdura. Um pouco como Putin fez — o que deu ajuda à vitória do próprio Trump —, e aqui na Europa tem dividido. Claro que será de esperar grande efeito desta Trumpalhada no Ocidente, na Europa, e até na Austrália e no Canadá. A China poderá tirar proveito desta grande confusão, e o Médio Oriente vai ver o que lhe sai na sorte. Hollande, com esta reunião para a paz —  de inicio de 2017 — em Paris, sobre o Médio Oriente, tal como Obama em muitas outras áreas e também no Médio Oriente, deixou — deixaram — para tarde demais “isto” fazer, o que é dar mais trunfos para a Trump. Quanto mais confusões houver nos EUA até à tomada  de posse de Trump —  e no próprio acto  oficial —, melhor para este, para se poder mais assanhar. E vai fazer o que prometeu e foi mau, mas os americanos elegeram-no. Se a Europa ainda tiver uma pinta de compostura e bom senso tratará de se unir, de se defender, de fazer que não tem feito nestes últimos anos, e se o fizer e for a tempo, talvez ainda escapemos a piores tempos, mas de Donald Trump é de esperar o pior.

 

© Augusto Küttner de Magalhães, 16/01/2017

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